sábado, 12 de agosto de 2017

Opinião - A magnífica Sophie, de Georgette Heyer



Após alguns anos a viver em Lisboa, Sophy Stanton-Lacy é enviada para Londres pelo seu extravagante pai, o diplomata Sir Horace. A recebê-la estão os tios, os lordes Ombersley. Entre a incredulidade e o horror, os aristocratas veem-na  chegar acompanhada de um papagaio, um cavalo, um macaco, e um galgo chamado Tina. As surpresas não ficam por aqui. Os modos “latinos” de Sophy são um escândalo perante o qual a jovem não se deixa intimidar. Principalmente quando decide que há muito a mudar no seu – ainda que temporário – novo lar. A começar pelos primos: o arrogante Charles está noivo de uma mulher enfadonha; a bela Cecilia perdeu-se de amores por um poeta estouvado; e o imprudente Hubert está refém de um agiota. Parece que a magnífica Sophy chegou mesmo a tempo de os salvar a todos das suas vidas deprimentes. 
Todavia, ela não contou com a reação de Charles. Se o jovem herdeiro tivesse antecipado a perturbação que Sophy causaria, nunca a teria recebido. Agora que o mal está feito, a solução é arranjar-lhe um marido conveniente que a tire de sua casa rapidamente. Uma urgência cujas razões ele prefere não aprofundar. Mas este cupido amador parece estar perante uma tarefa fácil, pois Sophy sonha em encontrar uma alma gémea. Os seus devaneios românticos é que poderão surpreender Charles… ou talvez não…


Opinião

Este livro tinha uma jacket o que não é particularmente comum, talvez para que o livro seja mais atrativo para o público. No entanto eu prefiro a capa original (a direita) pois a primeira além de não ter nada a haver com a protagonista parece uma foto de catálogos de noivas.

A escrita da autora lembra me imenso o estilo da Jane Austen com a crítica á sociedade da época vitoriana feita através dos comentários mordazes da protagonista mas tendo em conta as limitações sociais da mulher na época em questã,o e a diferença da época em que cada uma das escritoras viveu.
É um romance fofinho que se desenrola muito lentamente e do qual os protagonistas se apercebem mesmo já perto do final.
Não há cá cenas picantes como na maioria dos romances de época. O que cativa no livro são as situações caricatas criadas pela protagonista e o modo como ela resolve tudo, sem no entanto ultrapassar os limites do aceitável ou credível para a época. A forma como ela dá o troco ás personagens mais ranhosas fizeram me rir as gargalhadas.
Foi uma agradável surpresa!

Quem já leu?

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